“O Selo UNICEF me faz saber para onde minhas crianças vão”

“O Selo UNICEF me faz saber para onde minhas crianças vão”

Na primeira formação deste quinto ciclo de capacitação do Selo UNICEF no Piauí, a articuladora Giumaura Moura vibrou com as experiências e os caminhos discutidos para melhorar as políticas públicas em saúde para crianças e adolescentes e as estratégias de interiorização de migrantes. Como articuladora da iniciativa no município de São Felix, ela rompe as barreiras dos setores, as “caixinhas de cada um”, e busca implementar o que é necessário para cada menina e menino crescer mais saudável e garantir um pleno desenvolvimento.   

Um exemplo da intersetorialidade entre saúde e educação, citado pela articuladora, foi o trabalho de identificação, avaliação e atendimento a crianças com peso alto nas escolas municipais. “Envolvemos os programas de saúde da família e da escola. Identificamos um número significativo de crianças com indicadores nutricionais preocupantes e já estamos tratando a questão com as famílias”, informou, reforçando que discussões sobre alimentação saudável já são uma realidade nas escolas e que a merenda já é balanceada. 

“Entre os alunos com até 5 anos, seis meninos e meninas foram identificados com obesidade e 18 crianças com idades entre 6 e 11 anos tinham peso alto. Agora, vamos ampliar a parceria com as famílias”, descreveu. O estado nutricional das crianças é um dos temas discutidos nesse ciclo de formação do Selo UNICEF, diante do aumento no consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em gordura, sal e açúcar que tem comprometido a saúde de crianças e adolescentes. 

No Brasil, 360 mil crianças foram notificadas como peso alto (2018), correspondendo a 7,5% das meninas e meninos com menos de 5 anos em todo país e 6,3% das crianças no Piauí (Sisvan)

Outro trabalho em conjunto, acrescenta Giumaura, é a promoção dos direitos sexuais e reprodutivos nas escolas. “Nós precisamos garantir a educação e o acesso à informação das crianças e adolescentes. Precisamos falar sobre as doenças transmissíveis, os riscos e as formas de prevenção, sobre homoafetividade. A escola é um lugar de formação integral”, defende. A articuladora acrescenta ainda que a apresentação sobre interiorização de migrantes a capacitou, caso o município venha a receber algum grupo ou família de migrantes, e possibilitou a reflexão sobre o tema. 

“O Selo UNICEF me deixa feliz. Ele me faz saber para onde eu vou, para onde minhas crianças vão”, descreve a articuladora, que participa pela quarta edição da iniciativa. Confira aqui também o convite de Giumaura e seu relato, em vídeo, sobre o Selo UNICEF.

Os encontros de formação acontecem até sexta-feira (16) no Piauí, discutindo ainda temas como prevenção de HIV/Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis junto a adolescentes e jovens e o acesso ao pré-natal adequado. Confira aqui a agenda completa

O Selo UNICEF
A Edição 2017-2020 do Selo UNICEF conta com a participação de 1.924 municípios que assumiram, junto ao UNICEF, o compromisso de implementar políticas públicas para redução das desigualdades e garantir os direitos das crianças e dos adolescentes previstos na Convenção sobre os Direitos da Criança e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 

A experiência com as edições anteriores comprova que os municípios certificados com o Selo UNICEF avançam mais na melhoria dos indicadores sociais do que outros municípios de características socioeconômicas e demográficas semelhantes que não foram certificados ou participaram da iniciativa.    

Sobre o UNICEF 
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) promove os direitos e o bem-estar de cada criança em tudo o que faz. Com seus parceiros, trabalha em 190 países e territórios para transformar esse compromisso em ações concretas que beneficiem todas as crianças, em qualquer parte do mundo, concentrando especialmente seus esforços para chegar às crianças mais vulneráveis e excluídas. Visite www.unicef.org.br